segunda-feira, 9 de maio de 2011

163. Geografia humana

As instituições deveriam ser como paisagens em movimento, e as pessoas que lhes vão dando vida os seus acidentes: no lugar onde está hoje um baixio pode romper amanhã um pico majestoso, ou, ao menos, um planalto que não comprometa.
Essas assimetrias dinâmicas são naturais, quer dizer, próprias das obras humanas, e dão identidade, em cada momento, àquela instituição.

O problema é o declive generalizado até ao nível da água e, no cabo dele, o nevoeiro.



*No prato: Georges Brassens à Bobino (1975?), Quand on est con (le temps ne fait rien à l'affaire)

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