quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

domingo, 28 de novembro de 2010

146. Nos muros


No muro da Torre de Anto (2010).


















(como vê, antónio,
mais vale
mal acompanhado)




No prato: Ólöf Arnalds / Björk, Surrender (descoberto por aqui)

sábado, 25 de setembro de 2010

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

144. Engreek*


A causa dos tomates ganha nova luz.














* A partir de uma ideia original tirada daqui.




terça-feira, 21 de setembro de 2010

143. Positivo

Uma das vantagens de viver em Portugal é que as férias no estrangeiro parecem cada vez mais baratas.

domingo, 29 de agosto de 2010

142. Nos muros


Djurgården



* No prato: Smoke City, Underwater love

sábado, 31 de julho de 2010

140. Haiku

tarde seca de agosto
a cruz branca de pedra
única sombra na terra





* No prato: Dire Straits, Follow me home, extraordinária versão ao vivo (Rockpalast, 1979)

terça-feira, 27 de julho de 2010

139. O Estado que aí vem


DIY policing.






(primeiros pruridos de uma unnatural coalition)



domingo, 18 de julho de 2010

138. Ressurreições



Ao décimo quinto ano.











*No prato: Serge Reggiani, Le déjeuner de soleil

sexta-feira, 9 de julho de 2010

137. Nos muros






















No prato: Nick Cave and the Bad Seeds, Abattoir Blues

quarta-feira, 7 de julho de 2010

domingo, 4 de julho de 2010

135. Incompreensões













Nem os cegos podem ver-se.

domingo, 13 de junho de 2010

134. Por entre as vuvuzelas I


"A equipa americana ainda tentou especular em termos de corredor central"

(Luís Freitas Lobo, Inglaterra / EUA, 12/06/2010, min. 40')

sábado, 12 de junho de 2010

quinta-feira, 10 de junho de 2010

sexta-feira, 4 de junho de 2010

131. Some boys tend to act like queens

Dá-se uma volta por aí, por todo o lado onde se publica opinião, e a conclusão é assustadora: somos agora 10 milhões de Vascos Pulidos Valentes. Com 10 milhões de émulos, VPV já é só mais um, neste mar de desprezo próprio, azedume e sarcasmo. Resta-lhe a originalidade da forma, que é de mais difícil apropriação.
Ninguém sabe o que fazer, mas todos têm a certeza de que o que se faz e o que se pretende fazer é risível. Cada português sofre de uma aflição profunda: à sua volta vê apenas burros, incompetentes e oportunistas. Está inexoravelmente sozinho e, assim, não vale a pena.

Se ao menos mais alguém se desse conta disto.




* No prato: CocoRosie, Terrible angels

domingo, 23 de maio de 2010

130. Dog Mendonça e Pizzaboy andem aí

Por um acaso fortuito como todos os acasos, especialmente os que nos trazem coisas boas e inesperadas, encontrei o Filipe Melo num restaurante de Canas de Senhorim, por intermédio de amigos comuns. Creio que já o conhecia, de o ter visto tocar com os Moreira Bros., mas não como autor de BD.
No meio da conversa, vi-me com um exemplar de As Incríveis Aventuras de Dog Mendonça e Pizzaboy nas mãos. História e diálogos dele, ilustrações de Juan Cavia, prefácio de John Landis, num thriller divertido e ritmado que mistura pizza, gárgulas decapitadas, Mengele e os esgotos de Lisboa, recheado de referências a filmes de culto. Em apêndice, o making of.
O grafismo e, em particular, o trabalho dos coloristas é irrepreensível, tornando o livro, para além do resto, num objecto bonito.
Cumprindo a recomendação do Adolf, fica um aperitivo e, a seguir, uma das mais deliciosas pranchas de toda a BD.




















* No prato: Girls against Boys, She's lost control (o tema que eu escolheria para a Pazuul, a pequena Pazuzu)

segunda-feira, 26 de abril de 2010

129. Gn 2

No sábado, ouvi um padre que muito admiro narrar uma bela versão da criação: Adão e Eva foram, ab initio, um projecto de amor divino, que os fez incompletos para que se completassem. Seriam, portanto, resultado e representação do amor absoluto, duas metades do Ser que se realiza na acção.
Não parece que tenha sido bem assim: a história do Génesis é muito mais sombria.
Deus fez o homem e mandou-o cultivar e guardar o jardim do Éden (Gn 2: 15). Só depois percebeu que não era conveniente que o homem estivesse sozinho, e decidiu dar-lhe uma "auxiliar" (Gn 2: 18). E a mulher torna-se necessária apenas quando o homem, tendo dado nome a todos os animais, não descobriu neles uma "auxiliar adequada" (Gn 2: 20).
Portanto: o tédio, a angústia e a insatisfação são anteriores à mulher. Ela "auxiliou" o homem, e alguma coisa melhorou; mas depois ganhou a sua própria agenda (começou por aprender serpentino) e o homem ficou ali, parado e mudo, a olhar o paraíso onde era "inconveniente" que estivesse sozinho. E era, de facto, mas sem que pudesse compreender porquê.
Por isso, se perguntados, continuamos, como Adão, a responder mecanicamente: "Em nada. Não estou a pensar em nada".





*No prato: Pink Floyd, Wot's... uh the deal?

segunda-feira, 19 de abril de 2010

128.

Here, across death's other river
The Tartar horsemen shake their spears

T. S. Eliot, The wind sprang up at four o'clock







* No prato: Brian Eno, By this river

segunda-feira, 5 de abril de 2010

127. Efeitos secundários

"... em alguns pacientes pode verificar-se náusea, indigestão, irritabilidade, sonhos anormais (...)".
Confirmo. A noite passada voei para o crepúsculo montado numa espécie de cabra alada e o ambiente era mais ou menos este:






Eta remedinho bacano.











*No prato: Lemongrass, A journey to a star

quarta-feira, 24 de março de 2010

126. Whatever works*

TypeIt Image







Durante alguns anos, aquelas EF Windsor Elongated brancas sobre fundo preto foram, simultaneamente, prenúncio de um prazer sempre demasiado curto e, no fim do filme, sinal melancólico de que começava um ou dois anos de privação. Depois, produziu-se um milagre chamado VHS e, com ele, as cópias sôfregas e ilícitas que nos permitiram possuir as fitas. As Windsor Elongated perderam um pouco daquele pathos, hoje servem só de senha aos fiéis.

Whatever works, sem ser estupendo, é um filme divertidíssimo, com um pormenor curioso.
Boris Yelnikoff é, evidentemente, a persona de Woody Allen, onde rodopiam, em caleidoscópio, Virgil Starkwell, Alvy Singer, Isaac e Harry Block. Mas se tivesse sido o próprio W. Allen a desempenhar Boris Yelnikoff em vez do (aliás magnífico) Larry David, suspeito que nos enfadaríamos. As catilinárias corrosivas, intermináveis e hilariantes de Boris ganham outra altura e graça se as desligarmos de W. Allen representando-se a si próprio. Encarnam na nossa realidade, como se fosse possível ser assim para lá de W. Allen.
E eis o paradoxo: a sobre-representação de si próprio conduz, a termo, a que a persona representada fique melhor nas mãos de outro: hello, I must be going.

* No prato: Groucho Marx, Hello, I must be going

sexta-feira, 12 de março de 2010

125. Certi vecchi antichi

Fantástica receita barese de... riso, patate e cozze . Como diz a senhora de amarelo, mondial (créditos: Pino).

sábado, 6 de março de 2010

124. O outro Brasil*









*No prato, outro beija-flor: Itamar Assumpção

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

sábado, 6 de fevereiro de 2010

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

121. Ad augusta per angusta





















Aos brocardos latinos assistem duas autoridades suplementares:
o génio de uma civilização e o génio da língua.


Este, como verás, é particularmente verdadeiro: lá chegaremos, ao fundo da rua Augusta.