quinta-feira, 23 de maio de 2013
sexta-feira, 17 de maio de 2013
184. Waiting in line to see Suede playing, waiting in line...*
foi ontem não foi há tanto tempo
* No prato: Devendra Banhart, Daniel
quinta-feira, 7 de junho de 2012
terça-feira, 1 de novembro de 2011
182. O único animal que*
consome energia para criar a própria infelicidade.
No prato: Tom Waits, Frank's theme
*Lembrando o A. Abelaira
No prato: Tom Waits, Frank's theme
*Lembrando o A. Abelaira
quarta-feira, 26 de outubro de 2011
segunda-feira, 10 de outubro de 2011
180. O pior défice
"1. Sempre que se verifique um incremento significativo do património, ou das despesas realizadas por um funcionário, que não possam razoavelmente por ele ser justificados, em manifesta desproporção relativamente aos seus rendimentos legítimos, com perigo manifesto daquele património provir de vantagens obtidas de forma ilegítima no exercício de funções, é punível com pena de prisão até 5 anos". (Projecto de lei 72/XII, disponível aqui).
Quem escreve assim ganha 4.000 euros por mês. Pode não ser ilícito, mas é um enriquecimento imoral.
Quem escreve assim ganha 4.000 euros por mês. Pode não ser ilícito, mas é um enriquecimento imoral.
sábado, 27 de agosto de 2011
179. Simon says
Pode-se gostar do que não se entende, nunca se gosta do que não se conhece.
*No prato: Wim Mertens, Humility (algumas das palmas são minhas, era 1993 e o Saramago já tinha avisado)
*No prato: Wim Mertens, Humility (algumas das palmas são minhas, era 1993 e o Saramago já tinha avisado)
sábado, 6 de agosto de 2011
sexta-feira, 29 de julho de 2011
177. E todavia :))
georges Brassens - misogynie a part por bisonravi1987
* No prato: Georges Brassens, Misogynie à part, ao vivo, com um ataque de fou rire pelo meio
terça-feira, 26 de julho de 2011
quinta-feira, 21 de julho de 2011
175. Diz que sai amanhã (ide portanto buscá-lo)
"Escureceu nem dei conta. Caminhar. Nestas ruas remediadas a escassez vê-se melhor no lusco-fusco. Não há lojas, não há centros comerciais autênticos não há pizarias. As paredes são da cor dos passeios cinzentos e estropiados e as pessoas são da cor dos sacos de plástico que levam agarrados às mãos. Um restaurante fechado, já estava assim quando para cá vim, uma loja de roupa diz que jovem e abandonada, ainda tem restos de liquidação, uma de mobiliário de escritório tapada com cartão castanho - essa deve ter fechado há mais tempo. E não há gente nas ruas. Há gente dentro das casas e dos prédios também baixos que parecem altos ao pé das casas baixas".
Dr. Mário, a páginas 67.* No prato: Tom Waits, Town with no cheer
quinta-feira, 14 de julho de 2011
segunda-feira, 11 de julho de 2011
173. Deus nos perdoe
O lado positivo da crise é que o pessoal subitamente quer dinheiro e leva o pagante a sério.
Ele é o mecânico que toca à porta para saber se não quero ver o tchk-tchk-tchk no carro, de que me queixei há uns meses.
Ele são os pedreiros a retelefonar (!) por causa de uns orçamentos de que já tinha desistido.
Ele é o jardineiro a perguntar se não pode antecipar o trabalho para esta semana.
Por uma vez, sabe bem, mesmo que seja um prato frio.
Ele é o mecânico que toca à porta para saber se não quero ver o tchk-tchk-tchk no carro, de que me queixei há uns meses.
Ele são os pedreiros a retelefonar (!) por causa de uns orçamentos de que já tinha desistido.
Ele é o jardineiro a perguntar se não pode antecipar o trabalho para esta semana.
Por uma vez, sabe bem, mesmo que seja um prato frio.
sábado, 25 de junho de 2011
quinta-feira, 16 de junho de 2011
171. Bless'em
terça-feira, 7 de junho de 2011
170. Excitações
"Depois da saída de Durão Barroso, Paulo Portas voltou a coligar-se com Pedro Santana Lopes e conseguiram 19 ministros".
RTP2, Jornal das 10, 07/06/11, 22.20
RTP2, Jornal das 10, 07/06/11, 22.20
169. Sinais dos tempos: o terrorista como legislador
Acabo de abrir a página da amazon.de. Eis as sugestões que têm para mim (6 em 7):
Digamo-lo com diplomacia: uma vez mais, os alemães não se precipitaram. Mas é importante que também eles acabem por escrevê-lo.
Adenda: eis aqui uma boa aplicação das leis e das forças anti-terroristas: vigilância e perseguição de Ian Puddick por ter divulgado, através da internet, a ligação adúltera da sua mulher com um big shark de uma empresa seguradora. Custo para o contribuinte inglês: cerca de £ 1.000.000.
quinta-feira, 2 de junho de 2011
segunda-feira, 30 de maio de 2011
segunda-feira, 23 de maio de 2011
166. Não querendo ser desmancha-prazeres
Passei incólume pela guerra civil que haveria de ter vindo depois do 25 de Abril, pela 3ª guerra mundial que haveria de ter rebentado nos anos Reagan, pelo inexorável e rápido ocaso da espécie humana que haveria de se ter seguido ao HIV e, depois, à descoberta do anthrax.
Suspeito de que também sobreviveremos às provações dos próximos dois ou três anos. Sem ofensa para os tremendistas gibosos, que, um dia qualquer, mais tarde ou mais cedo (talvez logo antes de se cansarem), hão-de ter razão, mas que de momento me rompono le palle.
Suspeito de que também sobreviveremos às provações dos próximos dois ou três anos. Sem ofensa para os tremendistas gibosos, que, um dia qualquer, mais tarde ou mais cedo (talvez logo antes de se cansarem), hão-de ter razão, mas que de momento me rompono le palle.
sábado, 21 de maio de 2011
165. O medo das alturas
Os opinion makers são, antes de mais, opinion-made (e tão desperate to entertain).
*No prato: The National, England (live in NY)
terça-feira, 17 de maio de 2011
164. Pequenas coisas perfeitas
Benny: Time is a funny thing. Time is a very peculiar item. You see when you're young, you're a kid, you got time, you got nothing but time. Throw away a couple of years here, a couple of years there... it doesn't matter. You know. The older you get you say, "Jesus, how much I got? I got thirty-five summers left". Think about it. Thirty-five summers.
*No prato: Stan Ridgway & Steve Copeland, Don't box me in
segunda-feira, 9 de maio de 2011
163. Geografia humana
As instituições deveriam ser como paisagens em movimento, e as pessoas que lhes vão dando vida os seus acidentes: no lugar onde está hoje um baixio pode romper amanhã um pico majestoso, ou, ao menos, um planalto que não comprometa.
Essas assimetrias dinâmicas são naturais, quer dizer, próprias das obras humanas, e dão identidade, em cada momento, àquela instituição.
O problema é o declive generalizado até ao nível da água e, no cabo dele, o nevoeiro.
O problema é o declive generalizado até ao nível da água e, no cabo dele, o nevoeiro.
*No prato: Georges Brassens à Bobino (1975?), Quand on est con (le temps ne fait rien à l'affaire)
quarta-feira, 4 de maio de 2011
terça-feira, 26 de abril de 2011
sexta-feira, 22 de abril de 2011
sábado, 16 de abril de 2011
domingo, 10 de abril de 2011
158. Explicação dos milagres
sábado, 2 de abril de 2011
157. Ao povo o que lhe pertence (III)
156. Ao povo o que lhe pertence (II)
155. Ao povo o que lhe pertence (I)
terça-feira, 15 de março de 2011
154. E se de repente
Claro, "ninguém torna ao que acabou". E foi acabando tanta coisa que a terra ficou estranha, surpreendente de silêncios e desertos, tantos anos e nunca estive aqui não sei quem és.
Nada pôde voltar a brilhar como os olhos daquela miúda gloriosamente suja quando viu a bola de berlim chegar à mesa. Ainda bem, mas não, agora as bolas de berlim são calorias sem felicidade dentro. Não sei se a lua amarela ainda, talvez.
Já não há vagares de peixe frito ao fim da tarde no fim do rio, nem os brancos minerais antigos que fermentavam descontroladamente. Eram zurrapas, diz-me quem diz que sabe. Seriam, mas nós éramos o quê.
Porém há de repente uma casa por reerguer, acho que faltam tílias, cerejeiras e figueiras, se alguém tiver de sobra é favor deixar aqui.
Nada pôde voltar a brilhar como os olhos daquela miúda gloriosamente suja quando viu a bola de berlim chegar à mesa. Ainda bem, mas não, agora as bolas de berlim são calorias sem felicidade dentro. Não sei se a lua amarela ainda, talvez.
Já não há vagares de peixe frito ao fim da tarde no fim do rio, nem os brancos minerais antigos que fermentavam descontroladamente. Eram zurrapas, diz-me quem diz que sabe. Seriam, mas nós éramos o quê.
Porém há de repente uma casa por reerguer, acho que faltam tílias, cerejeiras e figueiras, se alguém tiver de sobra é favor deixar aqui.
*No prato, um favorito da altura: Van Morrison, Rave on John Donne
terça-feira, 1 de março de 2011
153. Provavelmente estava vento, e os rios ainda devem estar altos, e tal...
domingo, 20 de fevereiro de 2011
domingo, 13 de fevereiro de 2011
quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011
150. O céu é o limite
O extraordinário anúncio da aprovação, pela Igreja Católica, da app iPhone para penitentes relembrou-me que continuo sem responder ao que ando a perguntar-me na última década: por que razão ainda não apostatei, tornando-me protestante?
Há uns meses, conheci um padre ortodoxo numa pequena ilha grega a quem dei conta (ao fim de meia dúzia de Amstel e meio quilo de azeitonas) das minhas inclinações íntimas para o protestantismo. Foi o único momento tenso da noite: o homem apertou-me o braço com força e repetiu "Bleib wo du bist; bleib wo du bist". Só então compreendi que, para os ortodoxos, o catolicismo é o limite da Reforma tolerável - a partir daí, dizia-me ele, já não é religião, é "política e business".
Ainda tentei argumentar, mas percebi que o meu alemão não é suficiente para querelas teológicas; e aquela força na expressão (e nos dedos enterrados no meu braço) impressionou-me.
Política e business, dizia ele. Só que isto não ajuda.
Há uns meses, conheci um padre ortodoxo numa pequena ilha grega a quem dei conta (ao fim de meia dúzia de Amstel e meio quilo de azeitonas) das minhas inclinações íntimas para o protestantismo. Foi o único momento tenso da noite: o homem apertou-me o braço com força e repetiu "Bleib wo du bist; bleib wo du bist". Só então compreendi que, para os ortodoxos, o catolicismo é o limite da Reforma tolerável - a partir daí, dizia-me ele, já não é religião, é "política e business".
Ainda tentei argumentar, mas percebi que o meu alemão não é suficiente para querelas teológicas; e aquela força na expressão (e nos dedos enterrados no meu braço) impressionou-me.
Política e business, dizia ele. Só que isto não ajuda.
Por outro lado: talvez a indiferença perante as etiquetas que entretanto se instalou em mim corresponda já a uma certa compreensão da relação com Deus. Pouco ortodoxa, pouco católica.
*No prato: Michael Nyman Band, Chasing sheep is best left to shepherds
terça-feira, 1 de fevereiro de 2011
sexta-feira, 28 de janeiro de 2011
148. Что делать?
Cavaco permanece, Sócrates resiste, a crise - ah, a crise...! - entranha-se, gelamos mas não neva, a justiça processa-se a si própria, o Rei dos Leitões está fechado para obras, gente sábia e ilustre assina uma petição popular lançada por um jornal que "revela", na página ao lado, fotografias do saca-rolhas utilizado para mutilar um colunista social, alguns milhares de cidadãos não podem votar porque têm um cartão a atestar que o são, a Tunísia e o Egipto foram uma grande surpresa, excepto para aqueles que já esperavam isto há 15 anos, talvez mais.
* No prato: Radiohead, No surprises
* No prato: Radiohead, No surprises
quarta-feira, 22 de dezembro de 2010
domingo, 28 de novembro de 2010
146. Nos muros
No muro da Torre de Anto (2010).
(como vê, antónio,
mais vale
mal acompanhado)
No prato: Ólöf Arnalds / Björk, Surrender (descoberto por aqui)
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