terça-feira, 15 de abril de 2008
48. Saudações
Não gosto do modo como nos apertamos as mãos, quero dizer: da repetição banal que avilta o gesto e a sua história.
Um aperto de mão é um risco: pode esperar-nos uma mão mole ou suada, ou suja, ou aquela que não hesitará em nos cravar uma faca pelas costas. Deve portanto praticar-se apenas em grandes ocasiões sociais: o momento em que conhecemos outra pessoa, o testemunho físico da confiança na contraparte de um negócio, o fim da guerra e a declaração de paz.
Fora disso, deveríamos curvar-nos impecavelmente, como os japoneses.
O beijo continuaria reservado para os amigos, os amores e as traições imperdoáveis.
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4 comentários:
agree... do not touche please
;)
ai
touche= touch
:S
e os abraços? Como é que ficamos de abraços?
eu gosto de um bom aperto de mão, franco, odeio, fico com vómitos e urticária perante uma mão mole.
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